Varejo avança em fevereiro e interrompe sequência de cinco quedas, aponta Boa Vista
Na comparação mensal houve alta de 0,6%, mas na interanual o indicador recuou 1,6%
O indicador antecedente da Boa Vista de Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo território nacional, apontou alta de 0,6% entre os meses de janeiro e fevereiro na série de dados dessazonalizados. O indicador ganhou um pouco de fôlego e interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas na mesma base de comparação. M as isso não significa que o cenário melhorou, tanto que na comparação dos trimestres móveis findos em fevereiro e novembro, respectivamente, o número aponta queda, no caso, de 1,9%.
Quando analisados os resultados da série original, houve retração de 1,6% na comparação interanual, mas o resultado acumulado em 12 meses, que passou para o campo positivo em janeiro, praticamente “andou de lado” e agora marca estabilidade (0,0%).A alta observada no mês de fevereiro reflete, em parte, um alívio em relação ao receio gerado um mês antes devido ao aumento no número de casos de covid-19 e do surto de gripe. O impacto disso parece ter sido limitado, tanto que entre os meses de janeiro e fevereiro a confiança de consumidores e comerciantes também voltou a subir.
Contudo, esse alívio, assim como fora o receio de antes, também deve se dissipar rapidamente. Isso porque os efeitos do conflito entre Rússia e Ucrânia já devem ser sentidos no mês de março. Nas projeções de final de ano, pelo menos, eles já são bem nítidos. A projeção de inflação (IPCA), por exemplo, passou de 5,60% no final de fevereiro para 6,59% no relatório Focus mais recente, de 18/03. E a projeção de juros básicos aumentou de 12,25% para 13,00% ao ano no mesmo período. O varejo esbarra num cenário econômico complicado, no qual a inflação e os juros mais altos, bem como um eventual retrocesso no mercado de trabalho, devem impedir que o setor cresça de forma significativa.Metodologia O indicador Movimento do Comércio é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista por empresas do setor varejista. As séries têm como base a média de 2011 = 100, e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.
Sobre a Boa VistaA Boa Vista, empresa brasileira de inteligência analítica, foi criada em 2010 a partir do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), o primeiro banco de dados do país, consolidando-se como referência no apoio à tomada de decisão em todas as fases do ciclo de negócio.
É precursora do Cadastro Positivo e no propósito de incluir consumidores no mercado de crédito, apoiando-os na construção de um relacionamento sustentável com as empresas credoras, por meio da disponibilização de informações de educação financeira e serviços gratuitos em seus canais oficiais como o site www.consumidorpositivo.com.br e o app Boa Vista Consumidor Positivo.
A empresa tem por princípio a segurança e a privacidade dos dados e suas soluções estão 100% em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), tendo sido reconhecida como a primeira do segmento financeiro e de gestão de bancos de dados a obter a certificação ISO 27701, norma internacional referente à segurança e privacidade da informação.
Em 2020, a Boa Vista tornou-se a primeira empresa de capital aberto em seu segmento, dando início à uma estratégia de crescimento por meio de aquisições de empresas com as mesmas características na aplicação de inteligência analítica às suas soluções, como a Acordo Certo – especialista em recuperação de crédito – e a Konduto, autoridade em antifraude para e-commerce e pagamentos digitais. Em 2021, também de forma pioneira, lançou o CEA (Centro de Excelência em Analytics), levando a empresa para a fronteira do conhecimento no desenvolvimento de algoritmos de alta performance.
Fonte: Boa Vista SCPC